Resenha #77 - Os 13 Porquês.





 

 Os 13 Porquês
Autor: Jay Asher
Editora: Ática
Número de Páginas: 256

Sinopse: Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.

Resenha: Os 13 porquês conta a história de Hannah Barker e os  13 motivos que a fez cometer suicídio. Assim, ao decidir tirar a própria vida ela grava 7 fitas cassete contando o porquê havia tomado tal decisão e antes de cometer o ato em si coloca as fitas dentro de uma caixa de sapato e as envia pelo correio. 

Clay Jensen há algumas semanas havia recebido a noticia de que Hannah, seu primeiro amor e colega de classe havia cometido suicídio e o fato o perturbava, pois até o momento não conseguia entender o porquê Hannah havia tomado tal decisão. 

Um dia ao voltar para casa após a aula, encontrou uma caixa endereçada a ele sem remetente e quando a abriu encontrou 7 fitas cassete. Para sua surpresa ao escutar a primeira fita se depara com a voz inconfundível de Hannah informando que se ele está na posse de tais fitas é porque ele foi um dos motivos que a levaram a cometer suicídio.

Intrigado, Clay não consegue entender como ele poderia ser um dos motivos do suicídio de Hannah, já que nunca havia feito nada para machucá-la ou magoá-la, mas a fita é bem clara; se você recebeu está caixa é responsável por um dos motivos que me fizeram cometer suicídio e, portanto deverá escutar as fitas e após encontrar o motivo relacionado a você deverá enviar a caixa com as fitas ao próximo nome da história seguinte.

Assim, ao escutar cada fita Clay passa a entender e a descobrir os motivos que justificaram o ato cometido por Hannah. Ele que sempre se frustrou por não ter se aproximado o suficiente para conhecê-la melhor, agora tem a oportunidade de saber seus segredos mais íntimos.

O que eu tirei deste livro é que as pessoas não entendem que cada ato cometido afeta a vida de outra pessoa, sempre achamos que uma pequena brincadeira, uma mentirinha boba pode até magoar, ferir ou chatear uma pessoa, mas depois passa não é? A verdade é que nem sempre é assim. Não medimos os nossos atos, não paramos para pensar pelo que a pessoa está passando. É o mundo individualista, não de hoje, mas de sempre, onde primeiro julgamos para depois entender.

Apesar de Hannah ter tirado a sua própria vida, ao ler o livro eu sinto que tiraram a vida dela. Não estou dizendo que ela está certa, que esse era o único caminho, mas digo que entendo o que se passava na cabeça dela, está imersa de problemas, se sentir só no mundo e não saber o que fazer. Não tinha ninguém ali que pudesse chegar para ela e dizer: “Calma Hannah, isso vai passar. Seja forte que isso vai passar.” Muito pelo contrario, ela estava sozinha e a cada tentativa de ter esperança essa esperança era jogada fora por alguém. É difícil ser adolescente, é difícil entender o mundo quando você nem ao menos entende o que se passa dentro de você. 

Este é um livro triste, eu chorei diversas vezes. Chorei pela Hannah e chorei com o Clay. Você se desespera ao ler o desespero deles, é como se eles entrassem debaixo da sua pele.

Recomendo este livro para todos, é uma leitura interessante e cativante. Peguem seus lenços e preparem-se para uma jornada de pura dor, mas que depois faz você ficar pensando na vida, nas suas atitudes e que relevância tem o que você faz com alguém ou por alguém na vida desta pessoa.

Boa leitura.

2 comentários

  1. Queria conferir esse livro, parece ser muito interessante. A trama é boa e bem feita e deve valer mesmo a pena ler. Será que dá pra chorar assim mesmo? Gosto de ler livros que mexem com o emocional, foi uma boa dica.

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  2. Eu sou uma chorona, mas o livro é bem emocionante sim. É uma boa leitura.

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